

A mastite mamária é uma condição que pode surgir de forma inesperada, causando desconforto significativo e, em alguns casos, afetando diretamente a rotina de quem está amamentando ou, mesmo, de quem não está.
O que poucos sabem é que essa inflamação não está limitada a problemas ligados à lactação e pode se manifestar em situações aparentemente simples como roupas e hábitos de higiene inadequados.
Neste artigo, você vai descobrir o que realmente é a mastite, como reconhecer seus principais sintomas e quais são os tratamentos mais indicados. Além disso, vamos explorar as melhores práticas para prevenir essa condição e garantir que você tenha todas as ferramentas necessárias para cuidar da saúde mamária. Continue lendo e transforme a sua compreensão sobre a mastite!
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O que é mastite?
A mastite é uma inflamação das glândulas mamárias que pode ser acompanhada, ou não, de infecção. Embora seja mais comum em mulheres que estão amamentando, a condição também pode afetar homens e mulheres fora do período de lactação.
Essa inflamação pode ser classificada como aguda ou crônica e se manifestar de maneira infecciosa ou não infecciosa.
Mastite em lactantes
A mastite lactacional, também conhecida como mastite puerperal, é a forma mais comum e ocorre geralmente entre a segunda e a quinta semana após o parto.
Esse tipo de mastite é frequentemente resultado do bloqueio de um ou mais ductos lactíferos, que são os canais responsáveis por transportar o leite dos alvéolos mamários até próximo ao mamilo.
Quando o leite fica retido, cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias, como os estafilococos, levando à infecção.
A inflamação, geralmente, afeta apenas uma mama por vez, causando sintomas, como dor, vermelhidão, inchaço e febre. Em casos mais graves, pode ocorrer a formação de abscessos mamários, embora essa complicação seja rara.
Mastite não puerperal
A mastite não puerperal, também chamada de mastite periductal, é menos comum e pode ocorrer em mulheres e homens que não estão amamentando. Suas causas incluem infecções bacterianas, alterações hormonais e, até mesmo, trauma na região mamária.
Embora apresente sintomas semelhantes à mastite lactacional, o tratamento e o acompanhamento podem variar de acordo com a origem da inflamação.
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O que causa mastite?
A mastite é resultado de uma inflamação nas glândulas mamárias, que pode ser desencadeada por uma série de fatores, dependendo do contexto, como lactação ou outras condições específicas.
As causas variam desde práticas inadequadas na amamentação até condições infecciosas e hábitos que impactam a saúde da mama. Saiba mais:
Principais causas em mulheres lactantes
A mastite lactacional, ou puerperal, está frequentemente associada à estase láctea, que é o acúmulo de leite nos ductos mamários. Esse bloqueio pode ocorrer por várias razões:
- pega inadequada do bebê: uma posição incorreta durante a amamentação pode impedir o esvaziamento completo da mama, favorecendo o acúmulo de leite;
- esvaziamento insuficiente das mamas: mamadas irregulares ou infrequentes podem levar ao acúmulo de leite, criando um ambiente ideal para infecções;
- fissuras no mamilo: pequenas lesões na pele ao redor do mamilo facilitam a entrada de bactérias, como o staphylococcus aureus, que é o agente mais comum da mastite infecciosa;
- compressão das mamas: roupas muito apertadas, sutiãs inadequados ou, até, a pressão de cintos de segurança podem dificultar o fluxo de leite e predispor à inflamação.
Algumas situações específicas aumentam a probabilidade de desenvolver mastite em lactantes:
- produção de leite excedente em relação à necessidade do bebê;
- episódios prévios de mastite durante a amamentação;
- ingurgitamento mamário, que dificulta a pega do bebê;
- cansaço, estresse e má alimentação da mãe, que afetam a imunidade e o equilíbrio hormonal.
Causas em mulheres e homens não lactantes
Embora mais rara, a mastite sem amamentar pode ocorrer. Nessas situações, as causas incluem:
- infecções específicas: doenças, como tuberculose e sífilis, podem atingir as glândulas mamárias;
- patógenos variados: vírus, fungos e bactérias podem desencadear inflamações;
- fatores autoimunes: a mastite granulomatosa crônica é suspeita de estar relacionada a reações autoimunes;
- tabagismo: o hábito de fumar prejudica a circulação sanguínea e aumenta o risco de inflamações nas mamas.
Sintomas
Os sintomas da mastite variam em intensidade, mas geralmente são marcados por sinais clássicos de inflamação e, em casos mais graves, podem incluir manifestações sistêmicas. Normalmente, a mastite afeta apenas uma das mamas, sendo mais comum durante o período de amamentação.
Sintomas locais
A mastite apresenta sintomas típicos de um processo inflamatório, que podem surgir de forma repentina e incluem:
- dor na mama (mastalgia): sensação de dor localizada, que pode se intensificar ao toque ou durante a amamentação;
- inchaço (edema): a mama afetada pode parecer visivelmente aumentada em relação à outra;
- vermelhidão (eritema): a pele da região afetada pode ficar avermelhada, indicando o processo inflamatório;
- endurecimento: áreas da mama podem se apresentar endurecidas ao toque devido ao acúmulo de leite ou inflamação;
- sensação de calor: aumento da temperatura na área inflamada, muitas vezes. perceptível ao toque;
- coceira ou queimação: pode ocorrer sensação de irritação na pele, associada ao desconforto local;
- nódulos ou espessamento: pequenos nódulos ou áreas de tecido espessado podem ser percebidos, principalmente em casos de estase láctea.
Sintomas sistêmicos
Em casos de mastite infecciosa, sintomas sistêmicos podem acompanhar os sinais locais:
- febre alta: geralmente acima de 38,5 °C, indicando a presença de infecção;
- calafrios e mal-estar: sensação de cansaço extremo e indisposição geral;
- taquicardia: aceleração dos batimentos cardíacos em resposta à infecção;
- cansaço e estresse: o impacto físico e emocional pode ser significativo, especialmente em mães que estão amamentando.
A dor e o desconforto causados pela mastite podem dificultar a amamentação, levando ao desmame precoce em alguns casos. Além disso, fissuras nos mamilos, que são comuns em mulheres lactantes, podem agravar a sensibilidade e tornar o processo ainda mais desafiador.
Identificar os sintomas da mastite logo no início é essencial para evitar complicações, como abscessos mamários. Ao perceber os primeiros sinais de inflamação, como dor localizada ou febre, é fundamental procurar orientação médica para garantir um tratamento adequado e manter a saúde mamária e o bem-estar geral.
Como é feito o diagnóstico?
Então, “como saber se estou com mastite?” O diagnóstico da mastite é realizado principalmente de forma clínica, com base nos sintomas apresentados e em uma avaliação física detalhada das mamas.
Em alguns casos, exames complementares podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico ou excluir outras condições que compartilham sintomas semelhantes.
Avaliação clínica
O primeiro passo no diagnóstico é a anamnese, em que o médico coleta informações sobre os sintomas, o histórico de saúde, a rotina de amamentação (se aplicável) e possíveis fatores de risco, como fissuras nos mamilos, cansaço extremo ou episódios anteriores de mastite.
O exame físico é essencial para identificar sinais característicos, como:
- vermelhidão e inchaço local;
- endurecimento ou nódulos nas mamas;
- aumento da temperatura na região;
- dor ou sensibilidade ao toque.
Essas observações ajudam o médico a diferenciar a mastite de outras condições, incluindo ingurgitamento mamário (acúmulo de leite sem infecção) ou abscessos mais graves.
Exames complementares
Embora o diagnóstico de mastite seja geralmente clínico, alguns exames podem ser indicados para casos mais complexos ou persistentes:
- ultrassonografia mamária: esse exame de imagem é utilizado para avaliar o tecido mamário em maior detalhe e detectar a presença de abscessos profundos ou alterações estruturais;
- cultura do leite materno: em casos de mastite infecciosa, pode ser realizado um exame do leite para identificar o agente causador da infecção, como bactérias resistentes. Esse teste auxilia na escolha do antibiótico mais eficaz;
- mamografia ou biópsia: raramente, em casos de mastite não relacionada à lactação, pode ser necessário investigar alterações suspeitas que possam ser confundidas com outras condições, como câncer de mama ou infecções graves.
Diagnóstico diferencial
É importante que o médico considere outras possíveis causas dos sintomas mamários, como:
- ingurgitamento sem inflamação;
- abscessos mamários;
- tumores ou infecções específicas (como mastite granulomatosa ou mastite tuberculosa).
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Como tratar mastite?
O tratamento da mastite depende da gravidade do quadro e da causa subjacente. Em geral, combina medidas clínicas, medicamentosas e cuidados específicos para aliviar os sintomas e tratar infecções, se presentes. A continuidade da amamentação é frequentemente incentivada, mesmo durante o tratamento.
Medidas iniciais e não medicamentosas
As medidas não medicamentosas desempenham um papel importante no alívio dos sintomas e na recuperação, especialmente em casos mais leves de mastite lactacional:
- esvaziamento completo da mama: amamentar frequentemente, começando pela mama afetada, ou usar métodos como ordenha manual ou bombinhas, ajuda a evitar a estase láctea;
- massagens circulares: aplicar movimentos suaves na área endurecida durante ou antes da amamentação ajuda a desobstruir os ductos lactíferos;
- compressas frias: esse autocuidado para mastite pode ser usado após as mamadas para reduzir o inchaço e aliviar a dor. compressas quentes podem ser úteis antes da amamentação para facilitar o fluxo de leite, mas devem ser usadas com cautela e sob orientação médica;
- hidratação adequada: beber bastante água ajuda a manter o corpo hidratado e facilita a produção e o escoamento do leite;
- evitar roupas apertadas: sutiãs confortáveis e bem ajustados previnem a compressão das mamas.
Tratamento medicamentoso
Quando a mastite apresenta sinais de infecção ou não responde a medidas conservadoras, medicamentos podem ser necessários:
- analgésicos e anti-inflamatórios: paracetamol ou anti-inflamatórios não esteroides (aines) são remédio para mastite que ajudam a controlar a dor e reduzir o inchaço;
- antibióticos: são indicados em casos de infecção bacteriana. os antibióticos mais utilizados são:
- dicloxacilina: 500 mg a cada 6 horas, por 7 a 10 dias;
- cefalexina: 500 mg 4 vezes ao dia, especialmente para alérgicos à penicilina;
- clindamicina: 300 mg 3 vezes ao dia, para infecções graves;
- vancomicina: usada em casos de infecções resistentes, administrada por via intravenosa.
Drenagem
Se a mastite evoluir para um abscesso mamário, a drenagem pode ser necessária:
- aspiração por agulha: um procedimento menos invasivo para drenar o abscesso;
- incisão cirúrgica: em casos graves, a drenagem cirúrgica pode ser indicada.
Suplementação
Um estudo investigou os efeitos do ômega 3 em processos inflamatórios relacionados à mastite, utilizando células mamárias. Os resultados mostraram que o ômega 3 tem uma importante ação anti-inflamatória. Em células mamárias estimuladas por uma substância que induz inflamação, o ômega 3 foi capaz de reduzir a produção de citocinas inflamatórias.
O ômega 3 também preveniu alterações no tecido das glândulas mamárias, que normalmente sofrem danos significativos em casos de inflamação severa. Além disso, ajudou a manter o número de glóbulos brancos e os níveis de fosfatase alcalina no sangue, marcadores relevantes para monitorar o estado inflamatório geral.
Outro achado relevante foi a capacidade do ômega 3 de melhorar o equilíbrio da microbiota intestinal. Essa interação entre a saúde intestinal e a resposta inflamatória é um ponto crucial para entender os benefícios gerais do ômega 3.
Como prevenir mastite na mama?
Prevenir a mastite envolve adotar práticas que minimizam o risco de ingurgitamento mamário, lesões nos mamilos e infecções. Para isso, é fundamental cuidar da amamentação e da saúde mamária de forma proativa.
1. Cuidados durante a amamentação
- Garanta uma pega correta: posicione o bebê adequadamente para evitar fissuras nos mamilos e garantir o esvaziamento completo da mama;
- amamente em livre demanda: não imponha horários rígidos. Deixe o bebê mamar conforme sua necessidade, o que ajuda a evitar o acúmulo de leite;
- alterne as mamas: permita que o bebê esvazie completamente uma mama antes de oferecer a outra. isso ajuda a prevenir a estase láctea;
- posições variadas: alterne as posições do bebê durante a amamentação para esvaziar diferentes áreas da mama.
2. Esvaziamento eficaz das mamas
- Ordenha manual ou com bombinha: caso a mama não seja completamente esvaziada durante a mamada, use esses métodos para retirar o leite remanescente;
- massageie as mamas: faça movimentos circulares e suaves nas áreas endurecidas antes e durante a amamentação ou ordenha.
3. Higiene e cuidados com os mamilos
- Higiene simples e eficaz: lave os mamilos apenas com água e use o próprio leite para hidratar a área antes e depois das mamadas;
- Evite fissuras: em caso de rachaduras, busque tratamento precoce, como laser de baixa intensidade ou luz de LED, para acelerar a cicatrização;
- Exposição ao ar: deixe os mamilos secarem naturalmente antes de recolhê-los sob a roupa.
4. Prevenção do ingurgitamento
- Evite intervalos longos sem amamentar: o acúmulo excessivo de leite pode levar ao ingurgitamento mamário;
- compressas e massagens: antes de amamentar, aplique compressas mornas para facilitar o fluxo de leite. Após as mamadas, compressas frias podem aliviar o desconforto.
5. Outros cuidados gerais
- Use roupas confortáveis: evite sutiãs apertados ou roupas que comprimam as mamas;
- cuide da hidratação e alimentação: uma boa hidratação e uma dieta equilibrada ajudam a manter a produção de leite saudável;
- busque ajuda ao notar dificuldades: se sentir dor, desconforto ou dificuldades na amamentação, consulte um pediatra ou uma consultora de amamentação para orientação.
6. Monitoramento constante
- Fique atenta aos sinais iniciais de mastite: vermelhidão, calor ou dor nas mamas. Buscar ajuda médica ao perceber esses sintomas é essencial para evitar complicações.
Adotar essas medidas preventivas não só reduz as chances de mastite, como também promove uma amamentação mais tranquila e saudável para mãe e bebê.
Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.